
“As crianças nunca foram muito boas em escutar os mais velhos, mas nunca falham em imitá-los”
James Baldwin
A partir dos 12 meses, independentemente do tipo de dieta, a criança pode partilhar a dieta familiar. E agora? Antes de se pensar no que é que a criança pode/deve comer, há que colocar a questão: mas como se alimenta habitualmente a família desta criança?
Inconscientemente a forma como a família se alimenta facilita, ou não, a adoção de hábitos alimentares saudáveis por parte da criança. Os pais são, durante a infância, os verdadeiros modelos, “ídolos” dos seus filhos, pelo que um dos segredos para a adoção precoce de hábitos alimentares saudáveis nas crianças está na mudança e melhoria dos hábitos alimentares dos adultos da casa!
A criança….
….Nem sempre quer comer a sopa? E a família, come?
….Não aceita a colocação de hortícolas no prato e tem por hábito rejeitá-los? E a família, come?
….Rejeita mais o peixe que a carne? E a família, também? A família cozinha muito mais vezes peixe que carne em casa?
….Tem dificuldade para comer algum alimento? Alguém da família também? Alguém da família exerce muita pressão para a criança o comer?
….Quer, de forma habitual, repetir o prato? Alguém da família também?
…Quer beber sumo à refeição em vez de água? Alguém da família também o faz?
O papel das figuras parentais é, sem dúvida, crucial na determinação das preferências alimentares das crianças. Algumas notas a não esquecer numa alimentação em família!
- É importante estabelecer horários e regras para as refeições que devem ser realizadas em família.
- Nas refeições em família, deve-se cozinhar o mesmo para todos.
- A refeição deve ser um momento calmo, que não coloque pressão na criança.
- A criança deve ser habituada a ser independente às refeições, comendo e mastigando devagar e bem.
- Deve-se respeitar o apetite da criança.
- As situações de sucesso devem ser reforçadas positivamente!
- É essencial estar atento e detetar hábitos alimentares inadequados.
- Os alimentos não devem nunca ser utilizados como recompensa ou punição.
- Não obrigar a criança a comer sob ameaça!
- Não oferecer alimentos alternativos apesar de inadequadas e/ou fora do horário na tentativa de colmatar défices.
- Não fazer de uma exceção à regra a nova rotina!
- Adaptar o discurso à idade.
- Dar o exemplo!
Bons hábitos de vida saudável adquirem-se através de bons exemplos!